A intensificação das migrações internacionais nas duas últimas décadas e neste início de século XXI ocorre num momento em que o mercado de trabalho tem se ornado mais restritivo e seletivo no mundo desenvolvido. Na Europa, principalmente , o índice de desemprego atingiu patamares bastante altos nos anos 1980 e 1990. Essa situação continua inalterada , e não se observa uma reversão significativa das taxas de população desocupada. No mundo desenvolvido , muitos dos que ficam desempregados não conseguem regressar ao mercado de trabalho exercendo atividades cuja qualificação profissional corresponda à exigida no emprego anterior.
Assim, boa parte dos trabalhos de baixa qualificação , tradicionalmente realizados pelos imigrantes , passou a ser disputada pela população de origem local, restringindo as opções que sempre estiveram abertas aos estrangeiros. Tal situação tem contribuído muito para a ampliação dos conflitos sociais entre os imigrantes e as populações nativas. Terminada a Segunda Guerra Mundial e sob a tutela da ONU , foi assinada a Convenção de Genebra . Nessa Convenção foi estabelecida uma regulamentação internacional adequado de refugiados políticos e prisioneiros de guerra, as quais devem estar baseadas nas regras gerais de direitos humanos e de direito de exílio de refugiados políticos que correm risco de vida em seus países de origem. Atualmente, 134 países são signatários da convenção. A ONU também criou o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados ), uma organização de apoio a refugiados em todo o mundo.