As coníferas conseguem sobreviver no inverno sem perder as folhas. Isso é possível porque , além de estreitas e afiladas (em forma de agulhas, aciculadas) , as folhas possuem uma cutícula grossa e são impermeabilizadas por uma camada de cera, características que reduzem a perda de água por transpiração. Essa perda dificilmente ser seria compensada pela absorção por faltar água no solo (no inverno, a água do solo está congelada). Além disso, a forma em agulha dificulta o acúmulo da neve , e a folha e os ramos , em vez de quebrarem com o peso da neve, envergam e a deixam cair. A presença constante de folhas permite que a fotossíntese comece tão longo se inicie a primavera, não sendo preciso esperar que novas folhas , cresçam, o que é vantajoso em regiões onde o verão é curto. Quanto maior um corpo , menor sua superfície relativa (razão entre a área e o volume) e vice-versa, pois quando um corpo aumenta de tamanho, seu volume aumenta com o cubo de suas dimensões , enquanto sua área aumenta com o quadrado delas . Ora, uma vez que a capacidade de trocar calor com o ambiente depende da superfície externa do animal e que animais endotérmicos (que usam a energia do metabolismo para regular a temperatura do corpo) tendem a perder calor pela pele, pode-se concluir que, quanto maior o animal , menor a perda de calor para o ambiente , proporcionalmente ao seu peso. Ou seja , quanto menor o animal , maior o gasto de energia , por unidade de peso, para manter estável a temperatura corporal , e , portanto , maior o consumo de alimentos e de oxigênio (por unidade de peso). Assim, pelo menos em princípio, quanto maior um animal endotérmico, maior a sua capacidade de resistência ao frio, o que explica por que , em geral, animais que vivem em regiões frias tendem a apresentar maior porte que indivíduos da mesma espécie que vivem em ambiente quente. Além disso, nos indivíduos de clima frio , em geral as "expansões" do corpo (orelhas e pernas) são menores, pois a maior superfície relativa dessas partes facilitaria a perda de calor do corpo , o que seria uma desvantagem. Outra adaptação ao frio é a capacidade de hibernação de alguns mamíferos, como certos morcegos e marmotas , em épocas de muito frio. A hibernação é uma espécie de sono profundo , com a manutenção da taxa metabólica em níveis muito baixos. A frequência cardíaca e a respiratória ficam reduzidas e a temperatura do corpo desses animais cai bastante. Com esse artifício, eles conseguem suportar as condições adversas do inverno, principalmente a escassez de comida , uma vez que, com o metabolismo reduzido, diminui o consumo de energia e eles podem viver à custa da gordura armazenada no corpo. No caso do urso-polar , a fêmea grávida passa o inverno dormindo, embora possa despertar de vez em quando. A frequência cardíaca do animal cai de 46 batimentos para 27 batimentos por minuto , mas sua temperatura diminui muito pouco e seu metabolismo continua mais alto que o de outros animais hibernantes . É nesse período que os filhotes nascem. Essa é uma espécie ameaçada de extinção devido , entre outros fatores , às mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.